Sucesso no Campo
Como a dessecação pré-plantio do milho auxilia no controle de plantas daninhas

A cultura do milho é um dos pilares do agronegócio brasileiro, fundamental para a produção de alimentos, rações e biocombustíveis. Contudo, o potencial produtivo dessa cultura pode ser seriamente comprometido pela presença de plantas daninhas. Essas invasoras competem diretamente por recursos como luz, água e nutrientes, causando reduções significativas na produtividade e na qualidade das lavouras.


Nesse contexto, a dessecação pré-plantio se destaca como uma etapa indispensável no manejo integrado. Além disso, ela facilita a semeadura e a distribuição mais uniforme das sementes, permitindo o desenvolvimento da cultura no limpo, sem a competição das plantas daninhas.


Lenisson Carvalho, gerente de marketing da Ourofino Agrociência, explica que a prática proporciona redução da competição inicial, permitindo que o milho tenha melhor acesso a recursos presentes no ambiente, tais como, água, luz e nutrientes; e eficiência no manejo integrado, facilitando o controle, inclusive das espécies resistentes ou de difícil manejo. “Outra vantagem é estabelecer um ambiente mais adequado para o manejo em pós-emergência do milho para um novo fluxo de plantas daninhas que possa surgir na área, estando em estádios adequados para o controle durante o ciclo produtivo”, afirma.


Principais desafios no manejo integrado de plantas daninhas


Entre as plantas daninhas que mais prejudicam o milho no Brasil estão a buva, capim-pé-de-galinha, trapoeraba, capim-colchão, capim-braquiária, corda-de-viola, capim-amargoso e picão-preto, as quais, além de competir por recursos presentes no ambiente, também podem abrigar pragas e patógenos que reduzem a produtividade nas lavouras.


Segundo a Embrapa Milho e Sorgo, a presença de plantas daninhas na cultura do milho pode gerar prejuízos significativos de até 70%, podendo variar de acordo com alguns fatores, como a espécie de planta daninha, a sua densidade e distribuição, época, duração e período em que ocorre a matocompetição.


Vale dizer que planta daninha é toda e qualquer planta que se estabeleça espontaneamente em um cultivo de interesse, colocando em risco o potencial produtivo da cultura. “Por isso, identificar corretamente essas plantas é fundamental para adotar uma estratégia de controle eficaz, que envolve a associação de herbicidas para resultados consistentes”, pontua Lenisson.


Estratégias modernas de controle


O uso de herbicidas seletivos, pré e pós-emergentes, com combinações inovadoras de ativos é essencial. Produtos com alta seletividade, ação de contato e sistêmica, e eficácia em folhas largas e estreitas ampliam o espectro de controle. Além disso, novas tecnologias que atuam na inibição da enzima PROTOX têm demonstrado alta eficiência no combate a plantas daninhas resistentes.


“Adotar a dessecação pré-plantio não é apenas uma questão de produtividade, mas também de sustentabilidade. Essa prática reduz o uso excessivo de insumos e contribui para um manejo mais responsável, proporcionando melhores resultados para toda a cadeia do agronegócio”, reforça Lenisson Carvalho.


Fonte: Fernanda Chiossi 


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