Durante o período, a semeadura atingiu 92% da área projetada para a safra. O plantio do tarde avançou principalmente nas regiões da Campanha, Fronteira Oeste e Sul.
A maioria das lavouras está em fase reprodutiva, sendo 20% em floração, 40% em enchimento de grãos e 8% em maturação. As lavouras em fase vegetativa correspondem a 32% da área total cultivada.
Nos plantios de sequeiro, os impactos da estiagem de novembro refletem em perdas de produtividade, e há variações significativas entre as áreas. As lavouras mais afetadas apresentam quebra estimada entre 10% e 30%. Apesar disso, o potencial produtivo, mesmo das lavouras sem irrigação, continua superior ao da safra anterior.
As chuvas mais recentes, ocorridas no final de novembro e início de dezembro, reabasteceram a umidade do solo. Com isso, áreas com sintomas de estresse hídrico retomaram a turgidez, especialmente nas lavouras que ainda não haviam definido todos os componentes de rendimento. Nas áreas irrigadas ou que não sofreram déficit hídrico, a expectativa de produção está muito elevada, e a cultura tem sido favorecida pela alta radiação solar e pela amplitude térmica entre dias e noites.
Os manejos realizados pelos produtores variam conforme o estágio das lavouras e a viabilidade econômica. Nas áreas em semeadura, em germinação/emergência e em início do desenvolvimento vegetativo, os produtores realizam a adubação e o controle de plantas daninhas. A aplicação de inseticidas e fungicidas se dá apenas de forma pontual, quando o monitoramento indica a necessidade de controle, como é o caso da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) no Noroeste do Estado.
Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade média de 7.116 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em Caçapava do Sul, iniciou a semeadura da área projetada em 2 mil hectares, principalmente em lavouras de reduzido uso de insumos. Em Dom Pedrito, o plantio dos 2.500 hectares previstos está finalizado. Na Fronteira Oeste, em São Borja, as lavouras estão em fase de enchimento de grãos. Com o avanço do ciclo, são observados, nas espigas, efeitos decorrentes da falta de chuvas há algumas semanas, devendo causar quebra de produtividade nas áreas não irrigadas. Como fator positivo, destaca-se as temperaturas amenas, especialmente no período noturno, as quais foram favoráveis para o desenvolvimento adequado do ciclo dos híbridos de milho.
Na de Caxias do Sul, na Serra, as áreas semeadas precocemente estão em enchimento de grãos. Nos Campos de Cima da Serra, as lavouras estão em início de pendoamento. As chuvas frequentes e as temperaturas amenas à noite e elevadas durante o dia foram favoráveis ao bom desenvolvimento da cultura.
Na de Erechim, a cultura encontra-se em fase de pendoamento e enchimento de grãos. A expectativa de produtividade média é de 9 mil kg/ha.
Na de Frederico Westphalen, 30% das lavouras estão em florescimento e 70% em enchimento de grãos. As chuvas recorrentes têm influenciado a expectativa de produtividade média, que está em 8.600 kg/ha, considerada elevada.
Na de Ijuí, a área semeada atingiu 95% do esperado para a cultura. As lavouras estão 47% em floração; 52% em enchimento de grãos; e 1% em maturação. Nas plantas com sintomas de déficit hídrico, foi observada melhora na turgescência das folhas e do colmo e revigoramento das partes que não apresentaram senescência. A baixa demanda de umidade, durante o mês de novembro, impactou negativamente o potencial produtivo em lavouras de sequeiro, impedindo o desenvolvimento dos grãos localizados nas pontas das espigas, consequentemente reduzindo a produtividade em 20% a 30%. Em função do retorno da umidade, o enchimento dos grãos está satisfatório, mas não é suficiente para compensar a redução no número total de grãos.
Na de Passo Fundo, 10% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, 70% em florescimento e 20% em enchimento de grãos.
Na de Pelotas, 58% foram semeados. Estão 91% das lavouras em fase de desenvolvimento vegetativo, sendo 7% em pendoamento e 2% em enchimento de grãos.
Na de Santa Maria, a semeadura atingiu 64% do esperado. Desse total, 70% das lavouras estão em fase reprodutiva, e as mais precoces em início de colheita.
Na de Santa Rosa, 4% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, com emissão da folha bandeira; 6% em florescimento; 73% em enchimento de grãos; e 17% em maturação. A procura pelo Proagro na região está baixa e pontual, ficando restrita às áreas onde houve perdas grandes devido ao solo raso ou compactado e em lavouras que atingiram a fase de floração e formação de grãos, coincidindo com o período de estiagem.
Na de Soledade, as condições climáticas favoreceram as lavouras no estádio reprodutivo, quando se definem os componentes do rendimento. Os produtores também realizam o plantio do tarde. A área semeada atinge 73%, e 2% das lavouras estão em germinação/emergência; 25% em desenvolvimento vegetativo; 60% em florescimento; e 13% em enchimento de grãos.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 0,43%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,00 para R$ 67,71.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1845 Emater/RS completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
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